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sábado, 29 de novembro de 2008

POLÍTICA DE REPOSIÇÃO DE QUADROS - II.

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Percebe-se que utilizei a palavra PRIVILEGIADOS para me referir àqueles que compõem a elite econômica, cultural, social, política e tecnológica. A revista Veja diz sempre - e a utilizo como referência aqui porque tenho acesso através do meu pai, ele é assinante e pego carona na assinatura dele, claro - que a democracia burguesa é uma democracia "meritocrática". As pessoas que têm mérito são as que atigem o nível mais alto na escala de valores burgueses, que é o topo da pirâmide social.
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Vejam só, o mérito pessoal de cada um seria o meio de se conseguir os privilégios na sociedade. Na verdade a palavra privilegiados foi utilizada pela educadora para se referir àqueles que ela considera os naturalmente melhores. Mas é tudo discurso oco. Não existe mérito nenhum já que ela declara que só uns poucos devem atingir os melhores níveis de emprego. Exatamente aí se encontra o fundamento para não se criarem mais universidades no país. Porque o aumento do número de vagas permitiria o aumento do número de concorrentes nos melhores empregos. E isso é péssimo para aqueles poucos e privilegiados que aguardam a hora de assumir seus postos sem muita preocupação ou concorrência.
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Mas quando se abrem mais vagas nas universidades isso bagunçaria os planos da elite, porque mais pessoas qualificadas teriam condições de concorrer em pé de igualdade. Sem o aumento de vagas isso não ocorreria e é aí que se encontra o paraíso dos filhotes da elite.
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Mas, e a questão do mérito? A toda hora nós ouvimos pessoas falando da distinção entre pobres e ricos com eufemismos apaziguadores ou depreciadores. Uns falam em privilegiados para referenciar-se aos ricos. Desprivilegiados em referência aos pobres. Falam em favorecidos em relação aos ricos e desfavorecidos em relação aos pobres.
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A questão é: nós não estamos vivendo numa democracia do mérito? Se alguém consegue atingir seus objetivos não seria decorrência de seus próprios méritos, sua própria capacidade intelectual, técnica?
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Essa conversa da democracia do mérito é coisa ideológica. É uma discurso falseador, que camufla a verdade. Dizem uma coisa através de um discurso imponente, mas na prática o discurso se trai quando utiliza outro vocabulário. O vocabulário dos privilegiados e favorecidos. O privilégio decorre do usufruto excepcional de condições que não são comuns a todos, apenas a uns poucos. E esse usufruto não decorre exatamente de condições iguais de concorrência, mas das condições desiguais na preparação e encaminhamento dos indivíduos à realidade.
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Favorecido é sinônimo de preferido, bem quisto, que goza de vantagem em relação a outros. Isso é tudo o que não é uma democracia meritocrática. O vocabulário contraditório revela aquilo que não pode ser mantido disfarçado por muito tempo. Nós vivemos sim numa sociedade de privilegiados e favorecidos. E tudo isso nunca por mérito. Mas por condições desiguais.
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Então, o que a professora da entrevista, EUNICE DURHAM, pretende é fazer a reserva de mercado para a elite continuar usufruindo de seus privilégios e favores. A crítica às faculdades de pedagogia tem um objetivo muito claro: desfazer a grandiosidade de um curso que é procurado por uma grande quantidade de gente que necessita se qualificar para reservar essa grandiosidade aos cursos com total "reserva de mercado" a uns poucos.
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POLÍTICA DE REPOSIÇÃO DE QUADROS.

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A revista Veja de 26.11.2008. trouxe uma entrevista com a antropóloga e educadora EUNICE DURHAM. Ela tem 75 anos e trabalha na USP-SP. Nessa entrevista ela foi convocada basicamente para destruir a expectativa das pessoas em relação aos cursos de pedagogia que as universidades públicas e privadas do país estão oferecendo àqueles ineteressados.
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Por que digo convocada? Porque a revista Veja só cede espaço àqueles que estão dispostos a repetir a sua ideologia. É uma revista profunda e fascistamente antidemocrática. Qualquer pessoa que pense diferente da ideologia do grupo político, social, econômico, cultural que ela representa tem a sua reputação preservada ou respeitada pela revista e seus articulistas.
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Mas quando se trata de defender os seus ideais a revista vai buscar gente que já está quase morta, como a revista se refere sempre aos intelectuais que são citados e que pensam diferente dela, em qualquer lugar do Brasil ou do mundo para justificar seus pontos de vista. Certa vez uma repórter ligou para o Filósofo PAULO GHIRALDELLI para uma entrevista sobre educação. Quando ele começou a expor suas idéias a repórter tentou conduzi-lo ao ponto que ela desejava. Ele percebeu e começou a falar poucas e boas. Ele disse que nunca mais o procuraram.
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Quando a revista encontra gente assim, que pensa por si mesma e diferente da ideologia da revista, eles ficam possessos. Mas vamos ao que trata a entrevista: educação. Para obter uma posição profunda e abalizada acesse o endereço http://ghiraldelli.ning.com/profiles/blogs/eunice-durham-tropeca-e-a e leia comentário do Filósofo PAULO GHIRALDELLI JR.
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A repórter MONICA WEINBERG pergunta à entrevsitada, conduzindo a entrevista (conduzir é um jargão no meio jornalístico que repórteres costumam fazer quando querem que o entrevistado diga exatamente o que ele, repórter, quer ouvir), "Muita gente defende a expansão das universidades públicas. E a senhora?".
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EUNICE DURHAM começa dizendo "Sou contra. Nos países onde o ensino superior funciona, apenas um grupo reduzido de instituições concentra a maior parte da pesquisa acadêmica, e as demais miram, basicamente, os cursos de graduação. ...Estou convicta de que já temos faculdades públicas suficiente para atender aqueles alunos que podem de fato vir a se torna Ph.Ds. ou profissionais altamente qualificados. Estes são, naturalmente, uma minoria."
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O que foi dito acima é a essência do pensamento conservador da elite brasileira. Como ela ocupou o cargo de secretária de política educacional do Ministério da Educação no governo, "com licença da palavra", FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, então ela representa o que a revista defende como modelo de educação e ideologia para este país.
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Ela diz que o Brasil não precisa de mais universidades porque o número que existe(ia) já seria suficiente para formar aqueles que obviamente irão(iam) preencher os cargos mais qualificados e remunerados do país. Quer um exemplo de como funciona na prática esse tipo de projeto educacional? Até dez anos atrás a UFPI era uma instituição voltada exclusivamente para a política de reposição dos quadros da elite do Piauí. Desde a sua fundação ela possuía uma destinação: oferecer o número de vagas apenas o suficiente para formar as pessoas que substituiriam aqueles se aposentavam, morriam, ficavam inválidos da elite do Piauí.
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O objetivo da UFPI era, com sua excelência, formar os novos quadros da elite. Só este. Aí residia a sua finalidade política e educacional. Mas aí veio o presidente LULA e, que mesmo com toda a sua suspeitíssima administração, trouxe uma nova política educacional e está expandindo o número de universidades com uma finalidade social muito mais nobre do que a da elite. Quanto mais pessoas puderem ter acesso à academia mais chances elas terão de concorrer àqueles empregos que a educadora EUNICE DURHAM e a revista Veja querem que sejam ocupados apenas pela elite, ou a minoria natural.
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Quando EUNICE DURHAM diz que "...profissionais altamente qualificados. Estes são, naturalmente, uma minoria." ela quer dizer com a palavra "naturalmente" que a realidade é assim mesmo. Não muda ou não pode mudar. Porque quando se naturaliza os fatos sociais a pessoa quer passar a idéia que não se pode fazer nada. Naturalizar vem de 'natureza.' Na natureza as leis e os princípios são imutáveis. Não se alteram nunca. Trazendo para a sociedade essa explicação de funcionamento pretende-se colocar a sociedade como algo que não pode mudar, ou não deve mudar porque suas leis e seus princípios são imutáveis também.
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Ora, esse papo brabo da elite, do PSDB, é balela. Na sociedade tudo funciona de forma completamente diferente. Na sociedade, se todos, ou a maioria quisermos, podemos mudar as coisas, sim. Sinta a mudança quando LULA projetou uma nova perspectiva para as pessoas desprivilegiadas desse país dando-lhes uma oportunidade de concorrer em condições com aqueles que fazem parte de um mundo muito diferente da maioria, a elite.
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O que a elite do país, aqui especificamente identificados com EUNICE DURHAM, revista Veja e o PSDB, não suporta é saber que pessoas que "naturalmente" não deveriam se preparar para ocupar funções altamente qualificadas podem fazer isso, agora, freqüentando a universidade. Temos que ter muito mais universidades para possibilitar aos desprivilegiados a oportunidade de ter uma vida mais digna. O que não é o caso da elite.
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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

ARMAÇÃO?

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O prefeito JOEL concedeu entrevista ao portal www.piauinoticias.com em que aborda vários temas. O que mais chama a atenção é a resposta sobre a conclusão das "obras" da rodoviária nova.
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Sem titubear ele disse que não fará mais previsões sobre o término das "obras". Disse que os repasses estão em dia, mas que não pode dizer quando tudo irá terminar. Falou do acesso ao terminal como algo que está sendo concluído. Está, sr. prefeito, desde muito antes da eleição. E já se foi tempo suficiente para se ir à lua e voltar uma dúzia de vezes.
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Se os repasses estão em dia, por que não termina logo? Em que lugar os recursos estão sendo aplicados? Se não há desvio de recursos, então há muito descontrole. Se o governo do estado está transferindo o dinheiro para a "obra" e até agora não terminaram é porque há muita incompetência, bote incompetência nisso. Ô louco, meu.
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Sobre uma tal de Secretaria de Desenvolvimento Rural isso é só um meio de colocar os amigos no poder e em local bem remunerado. Como ele disse que está difícil montar o novo secretariado, esse difícil significa que ele não sabe quem vai demitir e quem vai assumir o quê. É pressão daqui, é chororô dali, é puxa-saco querendo mais e mais. JOEL só não fica doido porque tem pouco cérebro para tal.
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Quanto à Ouvidoria é outro quebra galho criado para dá guarida a mais um apaniguado. Mas será que não é mesmo uma necessidade do governo municipal? É nada, ele passou quatro anos e nunca precisou disso, e olha que ele sempre teve a maioria da câmara subserviente aos seus desmandos. Ele podia fazer o que queria. Se essas tais novidades eram fundamentais ele teria sentido a necessidade logo no início do primeiro mandato. Na verdade é so empreguismo mesmo. E com status de secretaria.
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Antes de sair na imprensa que ele teria demitido o infinito número de parentes da prefeitura eu disse que para mantê-los só seria possível se fossem criadas 823 secretarias novas. Que era para poder manter todos os familiares dele mamando nas tetas da prefeitura. Ficou um parente em cargo de secretaria. Isso é legal. Mas absolutamente imoral. Porém para JOEL isso não afeta a sua postura política.
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Ele fez tanto compromisso, tanta promessa com gente cooptada nesses últimos tempos que agora está aperriado para cumpri-las. E a fatura está sendo cobrada dia e noite. Tem gente que anda procurando os telefones do prefeito até de madrugada, nesse período aí que ele passou despercebido e ausente daqui.
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Tem um outro parente lá que, pela lei, não poderia está lá. Mas ele é igual a uma sarna vermelha que precisa de tratamento radical para curá-la. Ele não sai de dentro da prefeitura nem com taca. Me disseram que esse seria pago pelo próprio JOEL, indivíduo, para que o mesmo vivesse atazanando a vida dos servidores. Pense num sujeito arrogante, prepotente. A desculpa é que o prefeito só confia nele.
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Vamos desenvolver um raciocínio basicamente lógico. Se alguém que assume uma posição de poder e não tem uma pessoa, que não seja seu parente, para executar as atividades ditas de confiança, então de duas uma. Ou esse alguém é um tremendo mau-caráter que não confia em ninguém porque sempre parte do princípio de que todo mundo é mau-caráter (e seu mau-caratismo se revela exatamente aí). Ou as pessoas que o rodeiam são uma tremenda súcia.
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Essa conversa que só se pode confiar em parente é papo de oportunista que não quer colocar seus valores morais em choque com o nepotismo. É pura malandragem. É eufemismo de corrupto. É esperteza.
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Quanto ao factóide de uma mesa histórica para a posse: tenho a dizer que isso está sendo mais comentado que a própria cerimônia e seu significado (para o bem e para o mal). O fato do prefeito ser reempossado não tem relevância nenhuma, ninguém fala, só se fala na mesa. Pois é, prefeito, você está fora de moda mesmo. Sem importância. Uma mesa faz sombra à sua presença? Quem diria. O homem com o cargo de maior status político da cidade sendo escanteado por um factóide de um objeto que ninguém, até então, nunca tinha ouvido falar?
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A decadência se evidencia nos primeiros e simples acontecimentos, depois ninguém quer mais nem saber. Esse factóide é armação contra?
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"APESAR DE VOCÊ."

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Não sei por que, mas quando ouço essa música, e é muito freqüente isso, só lembro do JOEL. Esse cara me inspira. É um oásis de idéias. Por isso não vivo sem ele. As coisas ruins existem para fazer lembrar que há coisas boas e que podem ser substituídas. Vejam mais essa letra de música - destaque em branco.
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Apesar De Você
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Chico Buarque
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Composição: Chico Buarque
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Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão.
Viu?
Você que inventou esse
Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão.
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Apesar de você
amanhã há de ser outro dia.
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar.
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Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro.
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Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza de "desinventar”.
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar.
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Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria.
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Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença.
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E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
antes do que você pensa.
Apesar de você
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Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia.
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Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente,
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar,
Na sua frente.
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Apesar de você
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai se dar mal, etc e tal,
La, laiá, la laiá, la laiáÂ…Â….
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"MAIS UMA VEZ".

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Proponho que leiam com atenção os versos que destaquei, em rosa, nesta música do RENATO RUSSO e interpretada pelo Legião Urbana. Aplicando esses versos em nossa realidade social encontraremos imediatamente a quem dirigi-los.
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Mais Uma Vez
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Legião Urbana
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Composição: Renato Russo
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Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez eu sei
Escuridão já vi pior de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem.
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Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja a nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!
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Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez eu sei
Escuridão já vi pior de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem.
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Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!
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Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

"COMO UMA ONDA".

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Quando disse outro dia, ou quase sempre, aqui que nossa cidade está em péssimas condições de habitabilidade não quis dizer pura e simplesmente que ela não presta, está inabitável.
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Basta compararmos Floriano com Barão de Grajau, MA, (um parâmetro mais próximo) que podemos constatar, como cidade, somos infinitamente melhor.
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Como disse também, baseado no método de análise da "Desbanalização do banal", do Filósofo PAULO GHIRALDELLI, que diante do que existe podemos constatar que há coisas boas ( o povo, a educação, a história, o comércio), mas não podemos assumir a postura de "Pollyanna" e nos transformar em naturalizadores e banalizadores dessa realidade.
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E quando isso acontece nada muda, nada se transforma. Nos tornamos conservadores. E só é conservador(es) aquele(s) que vive usufruindo as coisas que de melhor pode oferecer o sistema social. Caso contrário, ser conservador, vivendo na miséria, é ser alienado.
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Como não sou rico, então a minha mundivisão mostra que, diante do que existe, sempre poderemos desejar algo melhor. "Desbanalizar o banal" é assumir essa postura de continuamente ver a realidade como meta a ser superada (para usar uma linguagem bem ao gosto dos neoliberais).
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Mas, então, por que grande parte dos florianenses quer que as coisas continuem como estão (reelegeram o JOEL)? Para fundamentar a minha posição recorri a J. P. SARTRE (Filósofo francês: 1905-1980) num dos seus temas favoritos: a liberrdade.
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Por que, mesmo sofrendo (falta d'agua, ruas sujas, buracos sem fim, escuridão, "obras" paradas, recolhimento desleixado do lixo - revelando irresponsabilidade na coleta ou demonstrando o descaso das políticas públicas do prefeito - quase a metade do lixo fica nas ruas), as pessoas não tomam uma atitude?
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Segundo SARTRE, essas pessoas não percebem seu sofrimento, elas não contemplam a situação em que vivem, apenas vivem. Lembrei de SÓCRATES: "A vida não contemplada não merece ser vivida". Ou seja, as galinhas vivem sem contemplar a situação em que vivem. Por não perceberem o sofrimento não objetivam melhorar a sua condição existencial. Entendem a sua condição como algo natural, banal (é assim mesmo).
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Assim, por não "desbanalizar o banal" não concebem outra possibilidade, outro nível de vida, outra administração, porque não conseguem estabelecer um parâmetro. Ou seja, porque não conseguem imaginar uma cidade honesta e competentemente administrada.
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Por isso naturalizam o sofrimento de viver indignamente sob o julgo de corruptos e incompetentes. No entanto, não é a elevação ao grau máximo de sofrimento (mais quatro anos de JOEL) que fará as pessoas sentirem a necessidade de agir. E sim quando esse mesmo povo deixar de achar o sofrimento em que se encontra algo banal, natural. E aí esse povo verá que existem, de verdade, pessoas honestas e competentes capazes de administrar dignamente a nossa querida cidade.
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Só quando todos objetivarmos uma realidade melhor é que o sofrimento deixará de ser visto e sentido como natural. E esse objetivo jogará luz sobre o que existe mostrando as suas mazelas, defeitos, corrupção, descaso, desleixo, incompetência, falta do sentimento de pertencimento, possibilitando uma ação superadora desse estado de coisas que existe aqui.
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Sr. prefeito, o que está por vir não são as coisas lá de trás, como as águas de um rio, o passado (MERLEAU-PONTY). O que está por vir é a consciência de um tempo infinitamente melhor para a nossa cidade. O que está por vir é o futuro. E o sr. não faz parte desse futuro porque o sr. é a encarnação do que há de mais pernicioso na política, o que há de mais podre. E o que é podre já feneceu, é passado. É a parte ruim de nossa história.
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O sr. não é o futuro porque já é passado. E o fluxo do tempo, mesmo com suas farsas, não perpetua o passado. "Nada do que foi será/ de novo do jeito que já foi um dia".
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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

DEFENDER TORTURA É CONTRA-SENSO.

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Lembram do recente caso de denúncia do promotor de Picos ELÓI PEREIRA que acusou os policiais do 4º BPM de terem praticado tortura contra presos. O major da corporação saiu em defesa dos comandados e, segundo o promotor, teria feito ameaças a ele (promotor).
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Como consequência das denúncias do promotor que pediu o afastamento do major o procurador Geral do Ministério Público do Piauí, EMIR MARTINS FILHO, enviou ao governador um ofício pedindo a exoneração do major.
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Alguns picoenses fizeram manifestação em apoio ao major. O motivo das manifestações é que a cidade estaria sofrendo uma onde de violência e os meios que teriam sido usados pelos policiais contra os presos poderiam levar a uma intimidação dos meliantes.
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O que temos é a clássica defesa de uma situação que não seria aprovada se fosse universalizada. "Posso torturar um preso mesmo que seja em benefício da sociedade?". Para responder a essa pergunta utilizarei a postura do Filósofo brasileiro PAULO GHIRALDELLI JR (pragmatista) que se utiliza da moral kantiana nesse texto dele - I. KANT (Filósofo alemão do séc. XVIII).
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Há um colunista na revista Veja que expõe a sua ira sectária e fascista todo mês em "artigos" na revista e diariamente em "seu" Blogue. É REINALDO AZEVEDO, um elemento que não respeita ninguém que pensa diferente dele. Seja quem for, se tiver outra postura ideológica ou for contra os princípios que ele defende será atingido irracionalmente. Assim ele fez, no ano passado, com os críticos do filme "Tropa de elite". Ele defende o filme.
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Para embasar seu ataque tresloucado ele foi ler um resumão sobre KANT (talvez na Wikipédia) e aí achou que estava preparado para falar de sua moral. O Filósofo PAULO GHIRALDELLI recebeu semana passada uma cópia desse "artigo" de REINALDO e fez uma crítica acerba chamando-o de "... pastiche inculto de Paulo Francis."
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Como faço parte do grupo de discussões dirigido pelo Filósofo recebo todas as manifestações daqueles que participam, inclusive o Filósofo. E aí vou utilizar parte de seu texto para ver se há uma ligação com o caso de denúncia de tortura em Picos.
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Vejam o que diz PAULO GHIRALDELLI: "Caso Kant fosse ao cinema e, depois, tivesse de escrever algo para um jornal sóbrio, ele colocaria a seguinte pergunta: podemos bater em presos mesmo que seja para arrancar deles algo que vai beneficiar a humanidade? Essa seria a pergunta de Kant. E a resposta dele seria um sonoro “não”. Ele diria: nem mesmo em benefício de todos poderíamos desrespeitar o criminoso que está sob nossa guarda, porque a regra que universalizamos sem contradição é a de que o criminoso, uma vez sob a guarda da polícia, tem sua segurança preservada. Essa lei da sociedade, que é a que adotamos, é a que está de acordo com a máxima kantiana, não a que Azevedo evoca. E a pergunta que fiz, no lugar de Kant, é uma com grande probabilidade de Kant colocar, caso fosse falar do filme, uma vez que foi assim que agiu no caso da pergunta sobre a mentira. Neste caso, quando põe a pergunta sobre a mentira, ele não diz “será que posso generalizar a mentira?”. Não! A pergunta dele é “será que posso mentir mesmo que seja em benefício da humanidade?” E ele responde com um “não” - é claro."
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É muito perigoso defender esse tipo de situação. Lembro que junto com alunos do Ensino Médio / Concomitante do CEFET - Floriano fizemos uma enquete com pessoas de vários bairros de nossa cidade sobre comportamento moral na sociedade. Uma das perguntas formuladas foi: "Você acha que a polícia deve torturar os presos para conseguir uma confissão?".
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Pessoas com níveis de instrução diversos foram consultadas, desde analfabetos até possuidores de curso superior. Vou ficar restrito aqui às respostas dos analfabetos. Mais de 50% deles responderam que a polícia devia sim torturar os presos para obter confissões.
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Na cabeça da maioria dessas pessoas esse seria o método correto de investigação. Mas se analisarmos um aspecto bem aparente da realidade que assombra as pessoas com esse nível de instrução pode-se constatar que elas são as que têm o maior índice de pobreza de nosso país. Revelando as conseqüências da relação instrução - salário.
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Se isso é verdade, então pergunto: "Alguém já viu ou já soube da polícia torturando pessoas ricas em nosso país?". Esses casos só ocorrem com pessoas analfabetas e pobres. Assim, essas pessoas mesmas, autorizam os policiais adeptos dessa prática a fazê-la com elas próprias. Um absurdo lógico. "Um desastre lógico".
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É muito perigosa essa postura, pois se ela não pode ser realizada comigo e ser generalizada, onde se encontra o apoio moral? Uma regra moral não depende da aceitação de todos para ser aplicada em sociedade?
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terça-feira, 25 de novembro de 2008

"DESASTRE LÓGICO".

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Leiam o livro do Biólogo Evolucionista inglês RICHARD DAWKINS "Desvendando o arco-íris". Lá podemos ler uma interpretação bastante perspicaz sobre a nossa existência. Somos únicos no mundo, mas poderíamos não ter nascido. E na briga de milhões de espermatozóides fomos nós que vencemos e passamos a existir. Por isso entendo que deveríamos nos ver como especiais.
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Vejam o que ele diz: "Nós vamos morrer, e isso nos torna afortunados. A maioria das pessoas nunca vai morrer, porque nunca vai nascer. As pessoas potenciais que poderiam estar no meu lugar, mas que jamais verão a luz do dia, são mais numerosas que os grãos de areia da Arábia. Certamente esses fantasmas não nascidos incluem poetas maiores que KEATS, cientistas maiores que NEWTON. Sabemos disso porque o conjunto de pessoas possíveis permitidas pelo nosso DNA excede em muito o número de pessoas reais. Apesar dessas probabilidades assombrosas, somos eu e você, com toda a nossa banalidade, que aqui estamos..."
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Vejam só, apesar da enorme possibilidade de alguém existir com melhores qualidades que eu, mas sou eu que existo. Concordo plenamente com DAWKINS. Mas se a gente for generalizar esse raciocínio vamos "criar um desastre lógico", como diz o Filósofo PAULO GHIRALDELLI.
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Já pensou quantas pessoas com qualidade, com competência, com vontade, com determinação, com zelo, com amor, com planos, com objetivos dignos poderiam estar hoje administrando a nossa cidade. Mas não, quem nasceu foi o JOEL, e aí temos que conviver com esse desastre por mais quatro anos.
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A natureza faz as suas escolhas através de critérios absolutamente naturais. Mas aceitar que JOEL seja uma escolha é duro. A natureza estava bêbada, nesse dia. Assim, como em dias que não fazemos as coisas com muita atenção e terminamos execrando as responsabilidades.
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Temos mais quatro anos. É duro de agüentar, mas faz parte do aparente e legal jogo democrático. Defendo esse jogo na forma mais limpa e correta. Temos que aturar. Por causa dele não podemos desejar a desestruturação da democracia, isso é um perigo.
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Mas que é duro de agüentar, isso é.
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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

DINÂMICO FACULDADE DE FLORIANO - DFF.

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Terminou agora uma reunião do corpo docente da Dinâmico Faculdade de Floriano com representantes do MEC. Foram analisados vários aspectos da instituição, planos de disciplinas, curricula vitae (currículos) e os professores que irão trabalhar na mais nova faculdade de nossa cidade.
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Estamos, todos os envolvidos nesse processo de autorização para o funcionamento da FDD, esperançosos e satisfeitos com a iniciativa do Colégio Dinâmico de iniciar-se no ensino de nível superior.
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Para começar a FDD terá o curso de Pedagogia. Mas já está previsto no projeto da Faculdade os cursos de Geografia e História. Estes dois cursos são deficientes em termos de formação em nossa região. Só existe a UESPI de Floriano como IES (Instituição de Ensino Superior) que oferece esses cursos. Agora com essa iniciativa da FDD solucionará essa deficiência e atenderá a expectativa de muitos interessados nessas áreas. Porque o corpo docente é o melhor entre os melhores de nossa cidade.
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Um dos representantes do MEC parabenizou o diretor JOSEVAL CUNHA pela seleção. Não é porque estou entre eles, mas é porque são mesmo os melhores.
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Dentre em breve será anunciado pela imprensa todo o processo que está pondo em funcionamento mais esta Faculdade em nossa cidade.
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Perguntando (equipe do MEC) aos professores o por que de estarmos interessados em ensinar na DFF todos deram as suas explicações e eu falei a minha. Floriano é reconhecida como uma cidade polo educacional, isto é fato. Mas além disso essa educação possui qualidade, isto também é fato. Então, estamos lá porque a partir da qualidade que existe desejamos realizar um trabalho buscando ser qualitativamente melhor. Não nos basta ser bom. Temos que buscar nesse ambiente como fazer melhor ainda.
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Temos outras IES de qualidade em Floriano. Todos sabemos. Essas instituições prestam serviço educacional de qualidade, mas nós não podemos ser apenas mais uma. Temos que buscar uma qualidade superior (sem trocadilho) às outras para poder justificar a existência técnica, educacional, profissional, cultural da DFF.
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Assim, aqueles que têm interesse em formação nas áreas acima referidas devem aguardar mais um pouco a autorização legal do MEC para começar a se qualificar na DFF. E a Faculdade não restringirá a sua atuação no oferecimento de graduação. Logo, logo teremos Especializações e, a médio prazo, Mestrado.
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Fico alegre por poder trabalhar naquilo que gosto, e fico mais feliz ainda quando a gente percebe que os objetivos são dignos e dignificantes. Nossa cidade terá uma IES com qualidade para melhorar ainda mais a nossa educação. Que venham os desejosos de uma educação de boa qualidade de todas as cidades da grande região de Floriano e adjacências.
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Depois direi os nomes dos professores que foram selecionados para essa mais nova atividade educacional de nossa querida cidade, a DFF.
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domingo, 23 de novembro de 2008

E ELE ESTAVA AUSENTE?

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Neste mês de novembro você notou alguma coisa diferente em Floriano? Claro que não. A cidade continua suja, mal cuidada, muito lixo pelo chão, ruas cheias de buracos (e agora com as chuvas, heim?), asfalto se desfazendo, urubus mil, ruas às escuras, então, é a mesma Floriano de quatro anos atrás.
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Mas você não notou mesmo algo de diferente?
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Pois é, perguntei a um vereador do prefeito (ser chamado assim é terrível porque a pessoa perde a sua identidade, a sua referência individual e se anula, se desfaz, se derrete na sua relação com o prefeito) se o mesmo havia brigado com JVC. Perguntei se o prefeito já havia chegado. É uma relação tão fraca, tão sem importância para o prefeito que o vereador nem sabia que ele estava viajando. "Ouvi dizer que ele chega hoje".
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Bom, você já deve ter percebido que o que nos faz voltar a falar sobre o prefeito é que ele se ausentou da cidade por mais de vinte dias e não deixou ninguém em seu lugar. Não há limite para esse tempo não? Está dentro da lei essa ausência?
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Pois não é que o homem se deu ao luxo de ficar nos melhores lugares. Também com o salário que ele ganha para fazer o que ele faz e do jeito que faz só pode é está sobrando muito dinheiro. Mas férias ele tem direito, e não é sobre isso que estou falando.
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Estou falando que tanto faz ele está aqui como não que não faz a menor diferença. Ou seja, ele é absolutamente dispensável. A cidade pode continuar descuidada, arrasada, suja, emporcalhada sem que ele esteja aqui.
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Falando de outro modo, a cidade não está sendo cuidada porque falta uma política pública responsável. A cidade encontra-se desse jeito não por causa do prefeito, mas pela falta de alguém que goste e cuide dela como deveria ser cuidada. O problema do prefeito é uma questão de "pertença".
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Fico imaginando ele visitando as cidades em que os prefeitos são responsáveis em suas administrações e cuidam delas, e ele constatar o quanto age com descaso e falta de responsabilidade. Ele deve se olhar no espelho da beleza das cidades que são responsavelmente administradas e constatar o quanto ele é incompetente. O quanto ele é desqualificado para o cargo que ocupa.
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Para quem tem amor próprio deve ser duro constatar isso, mas não é o caso, esse em referência.
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A nossa cidade pode ser vista com olhos de bem-querer, onde se vê apenas as coisas boas e belas. Mas a beleza não impede que eu veja que ela não está bem cuidada. Eu me preocupo porque ela poderia está melhor sendo administrada por uma pessoa com compromisso e responsabilidade.
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Quando viajo e vejo como as cidades podem ser melhor cuidadas em comparação com a nossa Floriano fico imaginando como poderíamos viver melhor. Como poderíamos ter prazer de viver numa cidade digna. Mas o prefeito ignora completamente o seu papel (e aí assume o sentimento de não pertencimento à cidade) e trata-nos com descaso e incompetência.
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Ele poderia viajar e poderíamos sentir a falta dele, se ele fosse competente. Se tivesse uma equipe competente talvez nem sentíssemos a falta dele. O pior é que a sua incompetência é tamanha que a cidade nem mesmo se dá conta que ele estava ausente. Ou seja, pelo pior motivo a sua ausência não é sentida.
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Como desejaria que ele ficasse quatro anos em Fortaleza curtindo aquelas belas, limpas, bem cuidadas, iluminadas praias. Tenho absoluta certeza que os florianenses nem notariam que ele não estaria aqui. Mas ele voltou. Que pena, pois a nossa cidade vai continuar suja, feia, mal cuidada, cheia de buracos, escura, lixo por coletar, urubus, animais circulando nas vias públicas e ele continuará a fazer o que sempre fez: "administrar" com absoluta falta de competência e habilidade, com descaso e falta de responsabilidade, atendendo apenas os interesses individuais seus e de seus asseclas.
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Poderíamos olhar a cidade e não vê nada de ruim, mas não é todo mundo aqui que vive de agrado do prefeito (direta ou indiretamente). Então, quem pode vê as coisas como elas são vê um mundo diferente daquele que querem os asseclas do prefeito e daquele que ele viu em suas merecidas férias.
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sábado, 22 de novembro de 2008

RIBAMAR DOS SANTOS.

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Tenho que tornar pública minha adminiração pela postura de cidadão, pela postura política, pelo trabalho feito pelo radialista RIBAMAR DOS SANTOS. Ele apresenta o programa "Bom dia Floriano" na rádio Princesa FM - 97,9 Mhz - (Princesinha). Para aqueles que não moram em Floriano e ficam fora do alcance da rádio basta acessar a página www.florianonet.com.br e lá embaixo encontrará um banner da Princesinha que permitirá o ouvinte e navegador ouvi-lo todas as manhãs de segunda a sábado, de 05h:00 às 07h:00.
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Eu participei do programa logo no seu início , na Princesinha, e fiquei por quase um ano tendo participações somente aos sábados. Combinamos, desde a rádio Santa Clara, AM, onde trabalhamos juntos por quase um ano também que eu escreveria textos para serem lidos e comentados no programa. Eram os famosos Editoriais que incomodaram muita gente. Foi tanto incômodo que chagamos a sair da rádio AM porque o prefeito pressionou a diretoria pela nossa saída.
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Mas agora na Princesinha não tem esse negócio, não. Saí porque estava impossibilitado de escrever os textos com o mínimo de qualidade. Faltou tempo por causa de minha atividade principal, aulas. Muitas aulas. Peço desculpas ao RIBAMAR por isso, mas ele entendeu e seu programa continua com crescente número de ouvintes. Prova de que ele é capaz, sozinho, de ter uma audiência importante e comprovada.
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Os temas eram escolhidos pelos ouvintes, por mim e pelo RIBAMAR. Ele me deu muitas sugestões sobre o que deveria abordar nos Editoriais. Eu escrevia em tempo de ficar três ou quatro dias para avaliação e correções. Depois é que ia à rádio no sábado apresentar. Muita gente ficava aguardando o programa para ouvi o que falaríamos. Depois de eu ler o texto o RIBAMAR fazia seus comentários e depois eu esclarecia mais alguma coisa para tornar o texto bem compreendido pelos ouvintes. Era uma dupla em ação integrada.
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Quando viajo a Picos vou ouvindo seu programa até a rádio sair do ar, a poucos quilômetros de Oeiras. Sinto saudade de minhas participaçoes e manifestações. Mas não poderia continuar só pelo capricho, pois seria ruim para o programa ter alguém sem inspiração falando de coisas sem fazer sentido. Seria ruim tanto para o apresentador quanto para mim, também.
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Mas que sinto saudades, sinto. O tempo que passei ao lado dele aprendi muitas coisas e agradeço a experiência resultante desse aprendizado. Vai ficar comigo para sempre. Temos posições ideológicas distintas mas com muitos pontos em comum. Mais em comum do que discordantes.
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E, RIBAMAR, gosto de MPB, esqueceu? Bota música aí toda sexta-feira porque na viagem vou curtindo a Princesinha e seu programa.
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PREFEITO MOTOQUEIRO.

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Todo final de semana tomamos conhecimento de inúmeros acidentes envolvendo motociclistas em Floriano. Já se tornou banalidade a tal ponto que alguns meios de comunicações nem se interessam mais em noticiá-los. Só aqueles mais graves e de maior repercussão.
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A culpa da maioria desses atropelamentos e abalroamentos é dos motociclistas. Mas há os casos em que a outra parte causadora é que é a responsável. Dividindo a culpa entre uns e outros ficamos com a sensação que isso tudo não tem mais jeito em nossa cidade.
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Só a educação para o trânsito é suficiente?
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E não é que eu soube do prefeito pilotando uma moto lá pelas bandas da rodoviária? Todo serelepe e protegido, mas exposto ao que vem acontecendo rotineiramente em nossa cidade com esse tipo de condutor.
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Ainda bem, para ele, que seu primeiro mandato está terminando. Pois ele não tem vice e, se ocorrer de ele se envolver em atropelamento ou abalroamento, quem assumiria a prefeitura seria o vereador presidente da câmara CELSO CAVALCANTE (dito de oposição).
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Como para o próximo mandato ele tem vice, meu amigo OSCAR PROCÓPIO, então deve ficar relaxado, pois o mesmo é seu amigo e não tem perigo. Se o prefeito morrer de um acidente de moto as coisas mudarão na prefeitura, mas não serão mudanças radicais. Fique tranquilo, prefeito. Pode continuar correndo risco sem muita preocupação. "Pode viver na adrenalina, garotão, você não está fazendo mesmo muita coisa pela cidade, então, pode correr risco de vida à vontade".
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Nõ estou dizendo que ele não deve andar de moto. Muito pelo contrário, que ele ande só de moto daqui pra frente. Não estou desejando que ele sofra acidente, só deixando na mão dele a responsabilidade de viver perigosamente - não só para motociclistas - no nosso trânsito.
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Nesse caso, os meios de comunicações irão fazer estardalhaço com a notícia, não se preocupe, prefeito, sairá na imprensa.
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O INDIVÍDUO SUICIDA.

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Talvez já esteja na hora de solicitarmos à prefeitura e ao DNIT a interrupção do tráfego de veículos automotores na parte da BR 343 que fica na Av. Dirceu Arcoverde que vai do balão do Trevo ao da TV Alvorada nos horários de pico das caminhadas (pela manhã cedo e à tardinha).
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A maioria das pessoas que faz suas caminhadas é consciente do espaço que deve ocupar, que é o canteiro central (mede uns três metro de largura). Mas tem uma parcela já considerável de indivíduos - pois é assim que identificamos a pessoa no âmbito individual, e no âmbito público como cidadão - que desafiam os carros e motos caminhando no asfalto a cerca de dois metros do canteiro central.
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Ontem quando retornava de Picos passei por lá por volta das 18h:00 e tive de desviar de um indivíduo que vinha em sentido contrário quase no meio da pista. Quando o elemento (adulto) viu o carro abriu os braços como que querendo mandar uma mensagem. Fiquei pensando o que poderia ser.
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Ao ultrapassar um carro pela esquerda não havia mais espaço para mim. Mas havia o canteiro para ele. Talvez ele desejasse que eu jogasse o carro em cima do outro para não atrapalhar a sua mais declarada irresponsabilidade - caminhar no asfalto.
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Daí ocorreu diversas possibilidades para analisar o comportamento de indivíduos (elementos) como aquele. Com certeza não foi educado para a cidadania. Não é um cidadão. Pois um cidadão sabe de seus direitos e deveres e os cumpre e os reinvidica conscientemente. Um cidadão recebe, primeiro em casa, as normas básicas para conviver em sociedade. Depois outras instituições acrescentam mais alguns valores necessários para essa convivência.
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No caso do indivíduo essa educação foi inexistente e portanto ele transforma a esfera pública em campo de ação dos desejos e vontades particulares. Os valores individuais que todos nós possuimos devem nos orientar a agir, a partir deles, no sentido de realizarmos as nossas necessidades particulares.
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Esses elementos não possuindo uma formação para agir na esfera pública terminam patrocinando esse tipo de situação. Isso explica a completa incapacidade de compreender que na esfera pública eles não podem sobrepor suas vontades sobre os direitos dos outros.
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Além do mais as outras instituições também falharam em não educá-las para a convivência com os outros e no trânsito. Em nossa cidade há um descaso completo de muitas pessoas na convivência no trânsito. Parecem um bocado de suicidas desafiando os outros a se envolverem em seus propósitos.
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O indivíduo não tem responsabilidade nenhuma com a sua vida. Não deseja viver. Vive de mal com a sua vida. É um frustado. Nesse sentido o indivíduo não tem auto-estima, vive por viver, sem motivos dignos. Vive apenas cumprindo uma jornada biológica e fisiológica. E nem percebe a contradição de não se importar com sua vida e ao mesmo tempo fazer exercícios para prolongá-la.
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O objetivo deve ser para ter mais tempo de ser irresponsável. É, tem gente pra tudo. O indivíduo quer cuidar de sua saúde só para colocar a vida dos outros em dificuldades. Porque quando ocorre um atropelamento (que não não vou chamar de acidente porque está no campo do possível) o indivíduo pode morrer. Pode ficar inválido para a maioria das atividades e funções. Ficar inabilitado fisicamente até para as necessidades mais básicas. Ou mesmo uma coisa muito leve, mas com consequências graves.
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As dificuldades que acarretam para os outros são os processos judiciais, pedidos de idenizações, solicitação de pagamento de tratamento médico. Implica, tudo isso, em tirar a normalidade da vida dos outros pelo descaso que o suicida tem pela a sua própria.
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Esse tipo de gente deve ter uma relação mórbida com o principal símbolo da morte nessa sociedade majoritariamente católica: a cruz. Naquela região existem muitas cruzes representando atropelamentos e outros atos parecidíssimos com suicídio pelo descaso que pessoas, assim como o indivíduo em referência, provocam.
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Talvez eles corram sonhando com um espaço para a sua cruz. Onde seria o melhor local para morrer e que sua cruz ficasse bem visível? Quem ele irá envolver com a polícia depois que ocorrer o atropelamento? "Esse carro, não. É muito velho. Não vou ser atropelado por um carro velho e nacional. Quero morrer atropelado por um carro novo e importado". "Não, basta que seja um carro, não importa quem seja o motorista". "Qualquer um serve aos meus própositos."
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Depois os pais chorarão no velório perguntando onde foi que erraram. Educaram o indivíduo, mas não tiveram responsabilidade para educar o cidadão.
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Então, prefeito, vamos interditar o tráfego dos veículos naquele local. Esse tipo de gente é bastante perigosa para a vida dos outros. Não tem amor próprio, nem muito menos responsabilidade com sua vida.
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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

CARTA AO POVO DE FLORIANO?

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Recebi no mês de outubro deste ano uma tal carta do prefeito agradecendo os votos que infelizmente resultaram na sua reeleição. Para quem não leu devo dizer que é um amontoado de lugar-comum. É besteira muita, como diz o colunista do Diário do Nordeste NENO CAVALCANTE.
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O prefeito faz auto elogio do começo ao fim citando frases burras e desimportantes como: "A voz de Deus é a voz povo" (sic), "Quando o povo quer ninguém domina". Coisas sem o menor sentido, sem se importar em modificar o sentido de tais frases e seus significados. Burrice, sem exagerar.
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Mas o que me chama a atenção é que não tem o nome de quem confeccionou e distribuiu. Quem pagou, quem fez, quem escreveu. Ninguém sabe. Ninguém viu. Tudo escondido, aliás como é sempre essas coisas feitas pelo prefeito.
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Qual a importância disso? Se foi feita com dinheiro público, é uma ilegalidade. Se não, quem pagou por esse desatino?
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Mais uma vez quero dizer que é uma carta burra.
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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

RESSALVAS - CÂMARA.

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Seria injusto se ao comentar a postura de alguns indivíduos da Câmara Municipal de Vereadores não fizesse ressalvas em relação àqueles que têm posturas dignas.
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Quero destacar, aliás como já fiz no período eleitoral, a postura da vereaora reeleita ANA CLEIDE (DEM). Mulher de postura firme na defesa de seus ideais, projetos e planos. Fiscal constante dos desmandos do prefeito que sempre foi prepotente na sua relação com o poder legislativo municipal (porque tem maioria - comprou e esnoba a posse).
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A outra vereadora de oposição que gostaria de destacar e dizer que por tentar novos planos não retornará, agora, à Câmara. É a vereadora ELDA BUCAR (PSDB). Mulher combatente, tenaz e sempre ligada às demandas sociais. Quem assistiu aos programas eleitorais desta última campanha foi testemunha de sua luta, garra e determinação.
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Mais uma mulher que se destaca por sua atuação na Câmara é a vereadora D'AGUIA (PTB). Mulher determinada e firme nas suas colocações. Sabe o que pretende e tem planos para seu futuro político. Deseja fazer nesse próximo mandato ações que visem criar um símbolo de sua atuação como vereadora. Não só isso. Além de atender às gritas de seus eleitores pretende realizar projetos culturais, como já disse aqui recentemente.
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Quem sabe sejam essas características as que os eleitores desejam nas mulheres candidatas. Nenhuma delas se mostrou arrogante, prepotente ou descolada da realidade do nosso povo. Quem sabe na próxima eleição tenhamos candidatas ao cargo executivo municpal. Se tivermos candidatas desejo que sejam as três, ou pelo menos uma delas, concorrendo.
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Não poderia deixar de fazer essa postagem. Seria mais que injustiça. Essas mulheres são importantes na prática política de nossa cidade. Infelizmente só temos essas três referências de importância em Floriano.
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A BELA MORTE DE PLATÃO DE BRASÍLIA- V.

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Numa homenagem ao grande filósofo grego Platão de Atenas (427 – 347 a.C.), o meu cachorro da raça Teckel recebeu este nome desde que aqui chegou de Brasília – onde nasceu - trazido por minha cunhada Cristiane.

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Como ela tinha recebido o cachorro de presente de uma amiga, resolveu me presentear com ele. Passei alguns dias procurando um nome que fosse diferente dos nomes comuns que se dá a cachorros. Como Licenciado em Filosofia procurei homenagear o filósofo grego dando-lhe o nome de Platão. Nada contra o pensamento elitista do filósofo, mas muito mais para atribuir valor e importância a meu primeiro cachorro.
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Para mim ele aniversariava dia 04.11 de cada ano que foi quando fui presenteado com ele. Ele era do ano de 1999. Quero deixar claro que meu amigo Platão de Brasília era muito esperto e conseguia fazer 'reflexões' por vezes surpreendentes. Ele me fazia cada pergunta que as vezes não consiguia respondê-lo imediatamente, eram necessárias algumas horas de reflexões para poder encontrar uma resposta, digamos, satisfatória.
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Foi por isso que resolvi abrir um espaço aqui no meu Blogue e falar dele. Platão de Brasília me contou seus sonhos, me falou sobre a realidade ( a partir do seu ponto de vista, é claro), seus pesadelos, me fez perguntas, me contou segredos, me falou o que ouviu por aí, suas inquietações, seus delírios, suas previsões (não previsões sem fundamentos, como aquelas feitas por especuladores menores, mas previsões baseadas em 'reflexões' sobre os atos que foram realizados no passado, 'reflexões' sobre os atos do presente, para poder vislumbrar o futuro).
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Ele morreu aos nove anos de idade. Muito cedo para mim. Mas na idade certa para os heróis (a que me referi nas postagens anteriores, I, II, III e IV).
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Saudades de quando abria o portão e o meu amigo já estava no ponto para me receber, mesmo quando chovia intensamente. Hoje me pego tomando cuidado para não deixar o portão aberto com medo dele fugir. Mas aí caio na real, ele não está mais lá. Que pena.
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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

DISCURSOS QUE NÃO DIZEM NADA.

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Para constar entre os pronunciamentos da sessão de ontem da Câmara de Vereadores teve gente que usou o tempo para falar coisa sem o menor sentido com um ar de intelectual. Teve vereador fazendo citações ocas só para impressionar os desatentos.
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Teve gente que pronunciou tanta hipocrisia que fiquei tonto. Uns que metem o cacete nos outros, por trás (o N. BARROS estava presente), mas na tribuna estava rasgando seda ontem. Teve gente que em palanques de campanhas destruiu a imagem de uns e ontem os elevou ao céu.
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Teve um que disse uma bobagem homérica, descabida e destituída de lógica: teria sido o "destino" o culpado da cassação do mandato do ex-vereador PAULO BORGES - por ter ocorrido no final do seu mandato. E infidelidade partidária agora mudou de nome? O motivo de sua cassação foi isso e o ajuizamento de uma ação por parte do interessado, o "TIO BORGES".
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Quando um vereador, ou qualquer um de nós, sobe em uma tribuna, seja ela qual for, e não pensa no que vai falar acontece o que presenciamos ontem. Foi terrível. Sem inspiração, só formalidade burocrática. Teve vereador que estava mais triste com a cassação de PAULO BORGES do que com a posse de "TIO BORGES". Lamantável comportamento, lamentável.
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PREPOTÊNCIA.

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Ontem tive a oportunidade de conversar com algumas pessoas sobre assuntos, digamos, políticos. Soube de cada marmota.
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Tem um "vereador" que foi reeleito e ficou completamente descontrolado por não ter conseguido atingir os dois mil votos que ele planejou e "contratou". Teve uma "quebra" muito acentuada nos números esperados. Ele teria "contratado" cerca de duas mil pessoas para trabalhar no dia da eleição. Só que muitos lhe passaram para trás. Receberam seu dinheiro e votaram em outros candidatos.
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Quando saiu o resultado da contagem de votos ele teria ficado fora dos sentidos (gritado, esmurrado coisas, chutado objetos...) porque queria ter atingido os dois mil votos. Mas por que se já tinha sido eleito? Segundo me contaram são dois os objetivos imediatos: 1) pleitear a presidência da Câmara, e depois 2), o mais importante, se lançar candidato a prefeito.
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Um indivíduo que mal sabe se expressar na tribuna da Câmara e quando o faz é cheio de cinismo e "idéias" desencontradas e desarrumadas. Mas ele tem um sonho, o sonho de ser prefeito de nossa cidade. Coitada da cidade de Floriano, seguir com uma "linhagem" de prefeito como a que tem tido nas últimas décadas é ser amaldiçoada, mas muito amaldiçoada mesmo.
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O prepotente e arrogante vereador diz que tem dinheiro suficiente para vencer a disputa entre os pré-candidatos da base do prefeito. E que se for dinheiro o critério ele vencerá. Quanta mediocridade, quanta falta de escrúpulos. Mas isso é o que nos legaram os que fizeram de nossa política apenas um meio rápido e torto de ficar rico, e sem trabalhar.
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VEREADOR "TIO BORGES".

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Estive ontem à noite na Câmara de Vereadores de Floriano para a solenidade de posse do mais novo vereador de nossa cidade. Resultado de um processo que a lei permitiu, "TIO BORGES" entrou na justiça solicitando a cassação do vereador PAULO BORGES pelo ato de infidelidade partidária.
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PAULO BORGES foi eleito pelo Partido Progressista e mudou de partido fora do prazo estabelecido por lei. Foi para o PRTB a mando do prefeito para tentar se reeleger. Não deu certo e no final de seu segundo mandato foi cassado.
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"TIO BORGES" subiu à tribuna e fez um discurso eloqüente e cheio de citações de poetas e políticos americanos. Fez agradecimento a todos os familiares, amigos, companheiros de rádio e jornal e "irmãos" maçõns. Logo em seguida os vereadores presentes à sessão fizeram pronunciamentos dando boas vindas ao mais novo integrante daquela casa.
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Só faltou o vereador "JOÃO PEQUENO" que teria enviado Atestado Médico solicitando, por motivos de saúde, afastamento por dez dias. E, obviamente, o ex-vereador PAULO BORGES.
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O mais novo vereador prometeu que em seus poucos dias de mandato procurará realizar ações que visem aquilo que é necessário para a população. Desejo de fazer muitas coisas para marcar a sua presença naquela casa, ele tem. Tempo, nem tanto. Mas estou com expectativa otimista em relação aos seus objetivos.
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Homem de palavra fluente, porque tem conhecimento sobre várias áreas - é radialista e escreve em jornal da cidade, além de ter cursado vários blocos de um curso de Filosofia (só não concluiu por motivos de saúde, mas que sabe pensar logicamente) - irá se contrapor a alguns discursos claudicantes que fazem sombra naquela casa.
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Parabéns ao "TIO BORGES", desejo que realize com ética e honra o seu trabalho (mesmo em meio a muitos sem). Por ter uma moral consolidada em valores dignos não sucumbirá nunca. Felizmente a cidade poderá contar com mais um vereador com vergonha na cara, talvez tenha um.
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E.M. ADMINISTRAÇÃO E ELETROTÉCNICA - PICOS.

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Olá pessoal. A atividade que iremos realizar na sexta-feira 21.11.2008. será baseada nas questões propostas do final do capítulo. Respondam as questões porque ao ser inquerido o aluno estará sendo avaliado para a primeira nota do 4º bimestre.
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Estudem as Principais Características da Ideologia, também. Irei fazer perguntas sobre o entendimento daquilo que caracteriza a Ideologia.
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Até sexta-feira e aproveitem o tempo disponível.
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terça-feira, 18 de novembro de 2008

JOEL NO PT?

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Me contaram uma lorota. JOEL teria brigado com JVC e rompido. Ato contínuo teria sido convidado para ingressar no PT.
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Daqui até as eleições de 2010 vão surgir "histórias" de todas as formas e gostos. Mas esta do JOEL não tem rumo porque ele depende em tudo do JVC, até para fazer as coisas na prefeitura. Lembram daquelas bicicletas que ele comprou no Paraíba para distribuir aos alunos das localidades de difícil acesso à escola? Até nisso sua ligação é indissolúvel. Os lojistas de Floriano (que vendem bicicletas) esqueceram e votaram todos nele.
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Até para falar com o governador quem marca a audiência é a assessoria de JVC. Quem deu "suporte" em suas duas eleições foi JVC. Inclusive trazendo a mala do ROBERTO JEFFERSON de avião faltando poucos dias para a eleição do primeiro mandato. Depois o Brasil todo ficou sabendo de onde vinha o conteúdo da mala.
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Por isso não acredito em rompimento. É mais conversa de correligionário descontente.
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TRABALHO ESCRAVO?

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Ontem, num colégio particular, passaram uma "Abaixo-Assinado" pedindo providência contra uma pessoa que mora em Floriano e que teria uma fazenda no Maranhão com trabalhadores em regime de escravidão.
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A pessoa denunciada trabalharia numa faculdade de renome da cidade. Por que os denunciantes não vão direto à promotoria ou a um juiz fazer diretamente a denúncia? Será que precisa a população se indignar para tomarem providência? Se é no Maranhão por que fazer "Abaixo-Assinado" em Floriano?
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Pelo que me contaram a coisa carece de esclarecimentos e lógica em muitos pontos. Não vou dizer mais detalhes porque a coisa está sendo conduzida assim mesmo. E se não for exatamente isso?
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Vamos aguardar os próximos passos.
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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

TIO BORGES.

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Acabei de receber telefonema do "TIO BORGES" (JOSÉ BORGES REIS) convidando para a solenidade de sua posse, como vereador, que será realizada amanhã às 20h:00 na Câmara de Vereadores.
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Foi uma luta de vários meses até chegar à decisão final. PAULO BORGES (o sobrenome é apenas coincidência) perdeu o mandato por infidelidade partidária. O suplente apto ao cargo é "TIO BORGES".
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Vamos lá companheiro, você será, nesse pouco tempo de mandato, uma figura marcante na Câmara.
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Postarei, depois, comentários sobre a solenidade de posse.
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Se prepare, homem.
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PARADA DA DIVERSIDADE SEXUAL - II.

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Não vi e nem soube do envolvimento direto da prefeitura de Floriano na promoção da "Parada Gay". Se formos analisar um pouco os motivos de exdrúxula decisão podemos identificar o medo da patrulha e a repressão religiosa.
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O medo de ser apontado pelos homofóbicos de conivente com as "sem-vergonhices" dos homossexuais. É uma pena que tenhamos uma administração que não tenha compromisso de luta pelos direitos de minorias. O que revela que serve para dá sustenção àqueles que usufruem de uma posição privilegiada, seja qual for a dimensão do privilégio.
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Um dos irmãos do prefeito é "pastor" evangélico (dizem) e isso pode revelar a falta de coragem do prefeito em ter apoiado ostensivamente o evento. Mas ele promove eventos evangélicos com apoio financeiro da prefeitura. O que não entendo é por que o privilégio para religiões. Por que a prefeitura patrocina eventos religiosos se o estado brasileiro é laico. Estado e Religião foram separados em campos distintos com a fundação do Estado Moderno. Mas o prefeito não respeita as normas e patrocina esse tipo de evento, até incentiva. Veja o arrastão que ele fez à Guia quando de sua reeleição.
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Felizmente, para o prefeito, os gays de Floriano ainda não estão organizados e conscientes o suficiente para lutar por seus direitos. É uma luta que se inicia, mas que deve resultar numa forma de organização com força política o suficiente para mostrar ao poder público municipal, seja quem for, que a atitude covarde de se eximir poderá custar caro.
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A cidadania se exercita na luta pelos direitos e o cumprimento dos deveres conscientemente. Sobre isso gostaria de citar LISZT VIEIRA (1998): "A cidadania definida pelos princípios da democracia, constitui-se na construção de espaços sociais de luta (movimentos sociais) e na definição de instituições permanentes para a expressão política (partidos, órgãos públicos), significando necessariamente conquista e consolidação social e política. A cidadania passiva, outorgada pelo estado, se diferencia da cidadania ativa, na qual o cidadão, portador de direitos e deveres, é essencialmente criador de direitos para abrir novos espaços de participação política."
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É esse o objetivo da "Parada Gay". Abrir espaços lutando pelos direitos. Direito de ser, de viver, de ser respeitado pela opção, de ser incluído na vida social, econômica, cultural, tecnológica, política... A "Parada Gay" não é apenas uma demonstração de graciosidade. É luta mesmo. Se bem que para alguns não passou de divertimento.
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PARADA DA DIVERSIDADE SEXUAL.

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Dia 15.11.2008. aconteceu uma manifestação que é mais conhecida por "Parada Gay". O evento teve seu início na Av. Eurípedes de Aguiar, próximo à "Curva dos Americanos" e foi finalizada no Cais do Porto. Gostaria de comentar o fato e suas implicações (ao meu ver).
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No meu entendimento o evento ocorreu, do ponto de vista da ordem, sem nenhum problema (até onde sei). Do ponto de vista da organização faltou investimento para que o início de uma luta por uma causa cara aos envolvidos fosse, no mínimo, interessante. Do ponto de vista da repercussão creio que os objetivos foram atingidos.
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Vejo que a manifestação pode ser analisada e justificada a partir de três aspectos fundamentais. O primeiro é o aspecto existencial. "O direito de ser e de viver" como a pessoa é ou escolheu. Vivemos numa democracia e todos têm o direito de viver da maneira como entender e escolher. Para isso devemos defender o direito de todos e não apenas daqueles que escolhemos como ideais. Deixar de fazer isso é correr o risco de também não ter seus próprios direitos reconhecidos e validados, pois outros podem preterir-nos.
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O indivíduo tem as suas preferências e pode lutar para que elas sejam realizadas. Então, do ponto de vista existencial a manifestação deve ter atingindo seu objetivo porque os que são capazes de lutar por aquilo que são verdadeiramente externaram a sua alegria de ser como são e lutaram pelos os que ainda não têm coragem.
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Do ponto de vista legal, segundo aspecto, lutar por direitos está garantido na constituição. Ir às ruas manifestar que existe um direito que não é respeitado é um dever do cidadão. Como o Projeto de Lei Complementar que trata da questão está em andamento resta aguardarmos a aprovação e promulgação.
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O terceiro aspecto é do ponto de vista econômico. Como foi a primeira manifestação do evento muita gente ainda não se deu conta da movimentação financeira que um evento como esse pode trazer para nossa cidade. Os prestadores de serviços já sabem o potencial econômico desse evento e por isso muitos já desejam que ele faça parte do calendário das atividades festivas de nossa cidade.
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Mas tenho que falar do nível da manifestação. Para ser a primeira teria que ser um evento mais bem preparado. O carro de som foi extremamente inadequado. Um dos organizadores ficou em cima do carro falando ao microfone enquanto o som que saia paralelo à sua voz tornava-a inaudível. As formas de demonstrações explícitas de preferência sexual foram exdrúxulas. Haviam crianças (e os protagonistas sabiam disso) como público do evento e aquelas cenas teriam uma adequação dentro de um contexto e não da forma gratuíta como foram.
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"Se não quiser ver que não olhe". Não é bem assim, as pessoas estavam lá para ver uma manifestação por um direito. Essas mesmas pessoas estavam lá para serem convencidas dos direitos dos manifestantes (consciente ou inconscientemente). Então, isso é lutar por um direito? Se os homosexuais lutam para ter seus valores garantidos devem respeitar os valores dos outros também. Não irão encontrar simpatizantes agindo de forma impositiva.
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Defendo que no próximo ano repensem a postura e a organização. É claro que sempre hão de existir os exageros, mas não como diretriz do movimento como pareceu ser nesta. Pensem numa aparelhagem de som mais adequada. É uma luta muito difícil, mas tem que ser contínua e persistente.
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Só não vi o N. BARROS por lá. Por quê?
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